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Domingo de Páscoa

Cristo vive!

Esta é a grande verdade que enche de conteúdo a nossa fé. Jesus, que morreu na cruz, ressuscitou, triunfou da morte, do poder das trevas, da dor e da angústia.

Não temais! Essas foram as palavras com que o anjo saudou as mulheres que se dirigiam ao sepulcro. Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos!

O tempo pascal é o tempo de alegria, de uma alegria que não se restringe a esta época do ano litúrgico, mas habita sempre no coração do cristão. Porque Cristo vive.

Não é Cristo a figura que passou, que existiu num tempo e que se retirou, deixando-nos uma lembrança e um exemplo maravilhoso.

Jesus é o Emanuel, o Deus Conosco! A sua Ressurreição nos revela que Deus não abandona os seus. Ele havia prometido, e cumpriu sua promessa. Deus continua a achar suas delícias entre os filhos dos homens.

Cristo vive na sua Igreja. Tais eram os desígnios de Deus: Jesus, morrendo na Cruz, dava-nos o Espírito da verdade e da vida. Cristo permanece na sua Igreja: nos seus sacramentos, na sua liturgia, na sua pregação e em toda a sua atividade.

Cristo continua presente entre nós nessa entrega diária que é a Sagrada Eucaristia. Por isso, a Missa é o centro e a raiz da vida cristã. Em todas as missas está sempre o Cristo total: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”.

Cristo é o Caminho, o Medianeiro, nEle encontramos tudo, fora dEle, a nossa vida torna-se vazia. Em Jesus Cristo, e instruídos por Ele, atrevemo-nos a dizer: Pai Nosso. Atrevemo-nos a chamar Pai ao Senhora dos céus e da terra.

Cristo vive no cristão. A fé nos diz que o homem em estado de graça se encontra endeusado. Somos homens e mulheres, e não anjos. Seres de carne e osso, com coração e paixões, com tristezas e alegrias. Mas a divinização repercute no homem inteiro, como uma antecipação da ressurreição gloriosa.

A vida de Cristo é a nossa vida, conforme Jesus prometera aos seus Apóstolos na última Ceia: “Todo aquele que me ama, observa meus mandamentos, e meu Pai o amará, e viremos a ele, e nele faremos a nossa morada”.

O cristão deve, pois, viver segundo a vida de Cristo, tornando próprios os sentimentos de Cristo, de tal maneira que possa exclamar com São Paulo: “Não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim”.

Por:
Padre Durval Filho
Administrador paroquial da Paróquia São Francisco de Assis – Maravilha, Quixeramobim.