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Quinto Domingo da Páscoa

A Igreja, por meio da liturgia do tempo da Páscoa, nos recorda que a nossa pátria definitiva não é este mundo e nos mostra o itinerário que devemos fazer por meio da liturgia da Palavra, e que se torna o ápice na Eucaristia, como nos lembra o salmista:  “lâmpada para os meus passos e luz para o meu caminho” (Sal 119,105). “ … A Eucaristia não é uma devota recordação, mas a presença efetiva e eficaz do Senhor Morto e Ressuscitado que quer atingir todos os homens.”

Nesse contexto, o quinto domingo da Páscoa, convida-nos a enxerga mais uma vez a pedagogia de Deus por meio de Jesus Cristo. No seu primeiro discurso de despedida diante dos apóstolos, na narrativa do cap 14,1-12 do Evangelho de São João mostra-nos o conhecimento sobre o coração humano, encoraja os apóstolos a não fraquejar nas provações que deverão sofrer na missão, antes da vitória definitiva para a vida eterna. “Cesse de perturbar-se o vosso coração”. Diante do novo os apóstolos não compreendiam a novidade do reino de Deus, como também nós, muitas vezes não compreendemos, mediante situações que passamos, ou que nos encontramos. Sem falar as turbulências em que vivemos no mundo ao nosso redor.

No entanto, o próprio Jesus na sua pedagogia divina nos dar o meio para superar essas aflições, o fazer a experiência de crer, ou seja, ter Fé! “Credes em Deus, crede também em mim”. A experiência da Fé nos levará ao verdadeiro caminho, que não terá erro. Que diante da indagação de Tomé, O Cristo Jesus nos revela o itinerário que nos leva ao Pai. Ao revelasse como: “O caminho, verdade e vida”! Ele é tudo isso para nós porque através d’Ele conhecemos a Deus, pela ação do Espirito Santo que também é Deus. É o mistério da Trindade Santa que expressa sua grandeza de amor a nossa Humanidade.

O mistério da trindade, na sua grandeza, nos dar a oportunidade de medir a nossa experiência de Fé. Na liturgia do 5º domingo da Páscoa, como vimos, seja na pergunta de Tomé, como no questionamento de Felipe, “mostra-nos o Pai e isso nos basta”. A resposta de Jesus em forma de pergunta, é para nós um grande questionamento: “Há tanto tempo estou convosco e tu não me conheces, Felipe?” E nós, que não convivemos com Jesus, o Conhecemos? Cremos que Ele e o Pai, são um?

As obras e as Palavras de Jesus dão testemunho que Ele e o Pai, são um, e quem acreditar, irá realizar obras ainda maiores daquelas que Jesus realizou. Portanto, o itinerário para a vida eterna exige de nós abertura de coração a novidade de Deus, que quer salvar a todos. Pois, Ele é o Caminho certo que nos leva ao Pai, a Verdade que nos liberta das amarras que nos impede de acolher a graça divina em nossos corações, e a Vida em plenitude. Um bom domingo, e que Deus Trindade Santa, nos ajude nesse percurso de cada dia ter uma Fé robusta e consolidada na rocha firme que é o Próprio Jesus Cristo.

Por:
Padre Sérgio Tomaz Moreira
Vigário paroquia da paróquia São Francisco de Assis, Quixadá